quarta-feira, 11 de maio de 2011

Recomendação de Leitura do dia


Pequeno Polegar

    Era uma vez, um pobre lenhador que tinha sete filhos. O  caçula  era tão  pequenino que se chamava Pequeno  Polegar. Quando  ele  nasceu  não  media mais do que um dedo polegar.
Uma noite, na cozinha, o lenhador falou à sua mulher:

 - Querida, não  temos  mais  como  alimentar  as  crianças,  amanhã           
deixarei todos na floresta, quem sabe alguém as encontre e cuide delas.

     O Pequeno Polegar, como era muito esperto e bisbilhoteiro, escutou a
conversa dos pais. Passou a noite inteira pensando  no  que  faria  para
conseguir achar o caminho de volta para casa.
    Na manhã  seguinte,  o  lenhador  seguiu  com  as  crianças  para  a
floresta. Polegar levou um pedaço  de  pão  escondido  no  bolso,  e  ia
deixando um rastro de migalhas pelo caminho.
     No final do dia, as  crianças  se  distraíram  brincando,  e  quando
perceberam, seu pai havia sumido. Assustados, todos começaram a  chorar.
Polegar falou para seus irmãozinhos:

  - Não chorem, sei como faremos para  voltar  para  a  casa,  basta
seguir o caminho que fiz com migalhas de pão.

    Eles começaram a seguir as migalhas, e um  pouco  mais  para  frente         
perceberam que os passarinhos haviam comido todas elas.
Sem saber para onde ir,  começaram  a  caminhar  pela  floresta. De
repente encontraram um castelo  muito  grande,  e  resolveram  bater  na
porta.
     Uma senhora muito bondosa atendeu as  crianças. Ela  deu  comida  e
bebida para elas, e disse que poderiam descansar à vontade. Ela contou
que o dono do castelo era um  gigante  muito  malvado,  e devorava as
criancinhas, mas ele estava viajando. Avisou-os que deveriam ir embora
imediatamente, caso gigante voltasse.
     No meio da noite o gigante apareceu de surpresa em casa. A  senhora
correu até o quarto das crianças e mandou-as fugir depressa. O gigante
sentiu o cheiro das crianças,  e  começou  a  procurá-las. Elas pularam
a janela, e correram para o bosque. O Malvado,  zangou-se, porque deixou
escapar tão boa comida. Calçou as  suas  botas mágicas, e saiu correndo
atrás dos sete irmãozinhos. Ele correu a noite  toda,  e  não  encontrou
os  meninos. De  manhã resolveu parar para descansar e adormeceu
rapidamente.
     O Pequeno Polegar, vendo que o gigante roncava alto, roubou as botas
mágicas. Graças a elas as crianças conseguiram voltar para casa. Sem  as
botas, o gigante  perdeu  seus  poderes  e  foi  embora  para  um  
lugar
distante.
      O rei ficou muito agradecido, porque os meninos espantaram o gigante do
seu reino. Polegar ganhou o emprego  de  mensageiro  do  rei,  e    sua   família nunca mais passou fome.

A História do Conto de Fadas

Os contos de fadas são uma variação do conto popular ou fábula. Partilham com estes o fato de serem uma narrativa curta, transmitida oralmente, e onde o herói ou heroína tem de enfrentar grandes obstáculos antes de triunfar contra o mal. Caracteristicamente envolvem algum tipo de magia, metamorfose ou encantamento, e apesar do nome, animais falantes são muito mais comuns neles do que as fadas propriamente ditas. Alguns exemplos: "Rapunzel", "Branca de Neve e os Sete Anões" e "A Bela e a Fera".


Origens 


Ilustração de The Seven Wishes em Among pixies and trolls de Alfred Smedberg.
Fadas são entidades fantásticas, características do folclore europeu ocidental. Apresentam-se como mulheres de grande beleza, imortais e dotadas de poderes sobrenaturais, capazes de interferir na vida dos mortais em situações-limite. As fadas também podem ser diabólicas, sendo corriqueiramente denominadas "bruxas" em tal condição; embora as bruxas "reais" sejam usualmente retratadas como megeras, nem sempre os contos descrevem fadas "do mal" como desprovidas de sua estonteante beleza.

As primeiras referências às fadas surgem na literatura cortesã da Idade Média e nas novelas de cavalaria do Ciclo Arturiano, tomando por base textos-fontes de origem reconhecidamente céltico-bretã. Tal literatura destaca o amor mágico e imortal vinculado às figuras de fadas como Morgana e Viviana, o que evidencia o status social elevado das mulheres na cultura celta, na qual possuíam uma
ascendência e um poder muito maiores do que entre outros povos contemporâneos (ou posteriores).

Caracteristicas do conto 
  • Podem contar ou não com a presença de fadas, mas fazem uso de magia e encantamentos;
  • Seu núcleo problemático é existencial (o herói ou a heroína buscam a realização pessoal);
  • Os obstáculos ou provas constituem-se num verdadeiro ritual de iniciação para o herói ou heroína;